Desculpem distrair a Queima com reflexões pseudo-filosóficas, mas...
Nas minhas horas vagas (é necessário manter a sanidade mental; que a vida não pode ser só livros) vou vendo uns videozitos enlatados. Agora ando a ver o prison break. Estou a acabar a 2ª série. Nunca a acompanhei aí em portugal.
Pus-me a pensar na quantidade de dor que cada um dos personagens suporta. Bons e maus.
Não me interessa discutir a série em si. Quero é chamar a atenção para o facto de aqueles personagens e a maior parte das pessoas que encontramos ao virar da esquina (ou debaixo do mesmo tecto) é vítima de muita injustiça, carrega muita dor...
A série pega nesta realidade catalogando entre bons e maus ou fazendo-nos vibrar a ver quem ganha o jogo.
A minha pergunta é outra: como libertar, redimir toda essa dor? Que sentido dar à vida de todos aqueles personagens (da série e da vida) que morrem?
Na série a religião é apenas um cenário de fundo. Como é típico do mainstream mediático americano. Muito numa linha daquilo que os sociólogos chamam a civil religion.
Pergunta: a nossa experiência de fé teria algo a oferecer àqueles personagens?
Podemos não responder.
Na série os maus continuarão a usar os seus imensos recursos de poder e controlo. Os bons, continuarão às apalpadelas. Mas uns e outros continuarão esmagados pelos erros cometidos e sem possibilidade de sair deste ciclo de violência. A não ser que...
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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3 comentários:
Ó Rui, estas discussões, nesta semana, não vais ter mts respostas. Lol.
Eu acho k a nossa experiência de Fé tinha muito para oferecer. Quer aos "bons", quer aos "maus".
Acho k nos bons poderia dar-lhes força e esperança para continuarem a lutar por aquilo em k acreditam. Seguir os seus ideais, tal como nós O seguimos a Ele.
Quanto aos maus, acho que eles poderiam ver como o arrependimento das suas acções os poderia levar a uma vida melhor.
Não sei se era deste tipo de resposta que tavas à espera, mas foi o k me pareceu e como hj tb estou um pouco em baixo (fui ao funeral de um amigo) isto da experiência de Fé tá um pouco fresco pois tenho pensado um pouco em tudo devido ao k aconteceu ao meu amigo.
Abc e vai dando not.
Eu digo mesmo que tudo o que podemos oferecer é a nossa fé. Proclamar a Sua Palavra que nos liberta do egoísmo que tantas vezes protagoniza as nossas vidas.
Mas o problema está aí! Muitas vezes, em vez de nos libertarmos deste egoísmo, enchemo-nos ainda mais dele. Vivemos envolvidos em preconceitos, à base do “se”, à base “quase”. Vivemos acorrentados à prisão do passado, vivemos na ilusão do futuro. E este conjunto de sentimentos negativos torna-nos incapazes de conhecer o céu que o Senhor nos oferece, de sobrevoá-lo, provoca uma autêntica tempestade. Relâmpagos e chuvas de ódio, de egoísmo, de tortura, opressão, sofrimento, inveja, covardia, incerteza, agressividade, raiva, avidez, frieza, fúria, escondem toda a fé que reside nos nossos corações.
E assim, assim com certeza que não poderemos ajudar ninguém, mas tornar a vida de cada um ainda mais supérflua.
A fé, volto a repetir! Muita coisa seria mudada se déssemos a conhecer esta fé. Esta fé que permanece mesmo quando tudo se escapa. A fé que nos traz esperança mesmo quando tudo nos parece escuro e acabado.
Mas seremos nós capazes de doar, oferecer, dar esta fé? Será que somos?
Difícil. Ás vezes na escola, no trabalho, na rua, temos dificuldades em assumir a nossa fé, seríamos nós capazes de assumi-la e transmiti-la a alguém que parece nem saber o que é a fé. E nós? Possuiremos realmente a fé? Se sim, saberemos o significado de a possuir?
Pois é, de que vale ter fé, de que me vale pegar na minha biblia todos os dias antes de me deitar só com o intuito de “li mais 10 páginas, que fixe! Qualquer dia acabo de ler a bíblia”?
A bíblia não é um livro como os outros, é um “poema de amor, um cântico à amizade entre Deus e a Humanidade (…) é um livro profundamente humano” , todos os seus autores foram inspirados por Deus e esta palavra fortificará a nossa relação com Ele, não é um mero objecto, um mero livro, com uma história finita. “Na bíblia a história de Deus caminha lado a lado com a do Homem” e esta é uma história de amor incondicional que nunca terá fim.
De que me adianta ir à missa todos os domingos, se a Palavra que Ele me quer transmitir não se manifesta na minha vida, não se manifesta nos meus actos e atitudes. De que me vale estar no coro, ou dar catequese aos meninos, se vejo isso apenas como uma forma de concretização pessoal e não como uma forma de concretização da minha fé, do crescimento desta?
O que temos mesmo que fazer é conhecer a Palavra e traduzi-la nas circunstancias da nossa vida, adequar esta Palavra a cada momento. Lembrando-me de algo que também já falei na reunião, relacionado com o número da festa da Páscoa:
Doente – então se eu escutar a palavra de Deus fico curado?
Médico 2 – não. Não fica curado… mas é meio caminho andado… o resto é só pôr a Palavra em prática…
Esta é a Palavra da Salvação. E nosso coração ficará tão mais puro, tão mais cheio de amor e fé, se pusermos tudo aquilo que escutamos em prática. Tudo se tornará mais transparente e o céu deixará de estar tão enublado. A tempestade afastar-se-á e poderemos utilizar estas asas que Deus nos oferece, que Deus nos convida a utilizar para fazer chegar aos outros esta nossa fé.
E como já dissemos na nossa reunião: as asas do Senhor são para utilizar no presente. Se nos libertarmos deste conflito interior com o “ontem” e o “amanha”, se nos desacorrentarmos de todos estes medos e incertezas, conseguiremos voar nestas asas recheadas de amor e fé. Assim, num céu limpo e claro, sem vestígios de tempestades abri-las-emos e tudo o que faremos é voar, voar, voar.
Voar sem destino? Não! (E assim vou respondendo á pergunta) Voar para abrir novos horizontes, para fazer dar a conhecer a amizade àqueles que apenas vivem no ódio, para dar a conhecer a oferta a todos os que vivem envoltos no egoísmo. Voar para dar a conhecer a alegria a todos aqueles que por algum motivo se tornaram incapazes de sorrir. Voar para destruir todas as barreiras que nos impedem de amar. Voar para amarmos, assim COMO ELE NOS AMOU. Voar para dar a conhecer a nossa fé a todos os que não a conhecem.
Depois disto, as assas tornar-se-ão infinitas, poderemos oferecê-las, fazer com que os ouros voem, fazer com que esses mesmos, que não possuíam a fé, a transmitam agora, que sabem voar.
"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele."
Depois de escutar e guardar a Palavra, utiliza-la na nossa vida, teremos tudo. Teremos este amor que nasce em nós, que ressuscita dentro de nós todos os dias, que abre estas asas e nos ajuda a oferecer esta fé, é este amor que dá brilho e ânimo a esta experiência de oferenda. É este amor que nos ajudará a mudar a vida de alguém, é este amor que determina a nossa fé, que determina a nossa coragem para mostrar, para assumir, para partilhar tudo o que aprendemos.
Afinal “casa instante é um ventre do céu onde renasço agora”, um renascer cheio de uma nova esperança, cheio de uma nova força, cheio de uma nova coragem, para levar esta fé onde eu nunca pensei conseguir levá-la.
E é por isso que tudo o que consigo fazer é agradecer ao Senhor por estar sempre comigo, connosco.
Concretamente, não sei se respondi a alguma coisa. Sempre que o tentava fazer, novas questões surgiam.
E só falta agradecer à animadora as reuniões. Às vezes parece tudo tão vago, mas basta reflectir um pouco e encontramos algumas coisas que procurávamos. E quem nos ensina a fazer isto é a nossa querida Idália. Obrigada mesmo.
nunca vi prison break, de modos que vim apenas comentar o comentário da Tita:
de ficar sem fôlego!!! Voa rapariga! Voemos todos :)
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