Estamos em plena queima das fitas e, talvez por isso, o nosso blog tem-se ressentido disso: menos posts, menos comentários, menos visitas... Que tal colocarem aqui umas fotos?
Hoje de manhã, entre um gole de café com leite e um bocejar, li este artigo que achei, no mínimo... pertinente.
Que gozo dá ficar em coma alcoólico?
Dois dias de Queima das Fitas, em Coimbra, chegaram para levar 127 estudantes ao hospital, 86 deles em coma alcóolico, noticiou ontem o DN.
Rosa Costa, a médica que coordenou um estudo sobre o consumo de álcool entre os jovens, realizado exactamente no período da Queima das Fitas de 2008, confessou não estar minimamente surpreendida por estes números.
Nem podia, já que o seu trabalho, publicado há dias, revela que o consumo de álcool, ao longo do ano, entre os mais novos, era excessivo em 50% dos casos estudados, sendo que 6% dos inquiridos se podiam classificar de dependentes.
Portugal tem uma população de 580 mil doentes alcoólicos diagnosticados e 750 mil bebedores excessivos. Gente aparentemente tonta, como eu, acalentava a esperança de que os mais novos, alvo já de tantas campanhas de informação, e muitos deles vítimas de pais alcoólicos, tivessem a inteligência de fugir a uma dependência que é, a todos os títulos, trágica.
Mas os dados apontam no sentido contrário: bebe-se mais, o «binge drinking» (beber até cair para o lado) tomou conta da noite, as bebidas são mais letais, e as palermas das raparigas, que não têm outro nome, vieram engrossar as fileiras, aparentemente ansiosas por fazerem as mesmas tristes figuras que eles.
A verdade é que a associação, por muito patológica que seja, entre divertimento e álcool, não é nada fácil de combater. Implicava perceber as razões profundas que levam os mais novos a precisar da bengala do álcool para «atingir» a felicidade (de que, ironicamente, não se lembram no dia seguinte!). Mas, difícil ou não, é urgente agir, porque o consumo excessivo, de que o coma alcoólico é apenas a ponta do icebergue, provoca danos graves ao cérebro.
Daqui a 15 dias estes 86 estudantes, universitários diga-se de passagem, ainda vão sofrer de falhas de memória frequentes e de grandes dificuldades de concentração. Pior, os investigadores acreditam que podem ter prejudicado irreversivelmente os seus cérebros em desenvolvimento. Tem que haver uma maneira de os fazer entender isto.
(Editorial do Destak, escrito por Isabel Stilwell, em 07/05/09)
Hoje de manhã, entre um gole de café com leite e um bocejar, li este artigo que achei, no mínimo... pertinente.
Que gozo dá ficar em coma alcoólico?
Dois dias de Queima das Fitas, em Coimbra, chegaram para levar 127 estudantes ao hospital, 86 deles em coma alcóolico, noticiou ontem o DN.
Rosa Costa, a médica que coordenou um estudo sobre o consumo de álcool entre os jovens, realizado exactamente no período da Queima das Fitas de 2008, confessou não estar minimamente surpreendida por estes números.
Nem podia, já que o seu trabalho, publicado há dias, revela que o consumo de álcool, ao longo do ano, entre os mais novos, era excessivo em 50% dos casos estudados, sendo que 6% dos inquiridos se podiam classificar de dependentes.
Portugal tem uma população de 580 mil doentes alcoólicos diagnosticados e 750 mil bebedores excessivos. Gente aparentemente tonta, como eu, acalentava a esperança de que os mais novos, alvo já de tantas campanhas de informação, e muitos deles vítimas de pais alcoólicos, tivessem a inteligência de fugir a uma dependência que é, a todos os títulos, trágica.
Mas os dados apontam no sentido contrário: bebe-se mais, o «binge drinking» (beber até cair para o lado) tomou conta da noite, as bebidas são mais letais, e as palermas das raparigas, que não têm outro nome, vieram engrossar as fileiras, aparentemente ansiosas por fazerem as mesmas tristes figuras que eles.
A verdade é que a associação, por muito patológica que seja, entre divertimento e álcool, não é nada fácil de combater. Implicava perceber as razões profundas que levam os mais novos a precisar da bengala do álcool para «atingir» a felicidade (de que, ironicamente, não se lembram no dia seguinte!). Mas, difícil ou não, é urgente agir, porque o consumo excessivo, de que o coma alcoólico é apenas a ponta do icebergue, provoca danos graves ao cérebro.
Daqui a 15 dias estes 86 estudantes, universitários diga-se de passagem, ainda vão sofrer de falhas de memória frequentes e de grandes dificuldades de concentração. Pior, os investigadores acreditam que podem ter prejudicado irreversivelmente os seus cérebros em desenvolvimento. Tem que haver uma maneira de os fazer entender isto.
6 comentários:
Queima das fitas não é isso. A queima é o abraço final da academia aos finalistas. A queima é o ECAP, o concerto promenade, o FITA, o sarau, a garraiada...
O queimódromo é apenas e só uma oportunidade de estar com os amigos, sem pensar muito nos deveres académicos.
Enfim, pelos excessos de uns pagamos todos.
Quanto as fotos, tenho algumas no meu blog:
http://engenhariadoser.blogspot.com
Oi silvio. Permite-me discordar disso. O k tu dizes é o k deveria ser (é-o apenas para alguns), mas para a grande maioria não é e com tendência a piorar tds os anos. Tu próprio no teu blog dizes que este ano houve problemas no cortejo. Problemas esses que, na minha opinião, têm aumentado. Aquilo que deveria ser a vida académica, praxe (integração, amizade, união e muito outros valores) e tudo que daí advém, nomeadamente a semana da queima e tds as outras actividades, já à mt k k deixou de o ser. As pessoas k estão à frente disso só estão interessadas em rebaixar, em pisar tds os outros e dp qd chega a vez dos k foram rebaixados e pisados, esses ainda vão fazer pior, o k em ultima instância leva a td o resto, beber (uns pra esquecer, outros pra festejar); Guerrinhas estupidas entre as faculdades k levam a violência. And so on, and so on. Claro que no meio de isto td há quem leve as coisas com o verdadeiro espirito académico, e penso k ctg é assim, mas tu e esses k ainda são assim e têm gosto e acima de td entendem que isso pode ser um modo de vida e exemplo para os outros, vocês são aves raras. Antes não fossem, pois assim tenho a certeza k metade das noticias k saem nesta semana não saiam. Como costumo dizer na queima a barraca + concorrida é a do INEM. Lol. Bem como já me alonguei, quero apenas ressalvar que esta é a minha opinião, a minha maneira de ver as coisas. Abc.
"Estamos em plena queima das fitas e, talvez por isso, o nosso blog tem-se ressentido disso: menos posts, menos comentários, menos visitas..." ...engraçado que ontem dei por mim a pensar nisto também.
eu sou um 'outsider' da queima, conforme é sabido, não queria entrar em grandes discussões porque não tenho assim tanto sobre o que falar. de qualquer forma parece-me que apesar do evento 'Queima das fitas' ser de facto um conjunto de acontecimentos relativamente vasto, na prática é entendido pela generalidade dos estudantes (e afins) como o momento de bebedeiras consecutivas. e é curioso como se forma essa cultura, a queima torna-se necessariamente isso, caso contrario não é uma vivência 'saudável' da coisa, por mais contraditório que seja.
eu cá prefiro o ECAP ou o concerto promenade, à margem das grandes concentrações de álcool.
sim o bessa tem razao...
tudo k o silvio disse é o k deveria ser e nao o k acontece...
é pena muita gente nao saber aproveitar esta semana ta especial...
se toda a gente soubesse controlar os seus limites e soubesse onde pode ou nao chegar.. a barraquinha do INEM ou a linha 24...nao seriam solicitados tantas vezes... certo?lool
(linha 24 , boa noite, fala a liliana,...)
a vida academica tem mudado muito nos ultimos anos... o cortejo ja nao é o k era.... a serenata ja nao tem tanta kualidade como antes.. etc...
ja nem o cartas da queima consegue atrair tanta gente...agr vai se ao queimodromo para beber...
mas a culpa de quem é??
as coisas mudam e temos de nos adaptar a essas mudanças, é claro que se podermos reajustar essas mudanças optimo... tambem há quem perfira desistir e abandonar esses rituais academicos
A sista escreveu e bem uma coisa k já não me lembrava. O cartaz (com z sista.Lol.) Eu sou do tempo em que o cartaz era espectacular. Com bandas estrangeiras, portuguesas, mas acima de tudo bandas ou cantores que toda a gente queria ouvir. Agora o cartaz é uma porcaria, para não dizer outra coisa. Isso também leva a que as pessoas só vão para lá beber. Afinal quem organiza só está interessado no €. Há mts interesses por trás. E claro as bebidas serem ao preço da uva mijona tb ajuda. Lol. Abc e cont de boa queima...
Vocês têm todos razão.
Mas em relação ao que o Bessa disse, sobre quem organiza, só olhar para os euros, é bem verdade.
Eu tenho amigos que estão a explorar barracas e este ano a margem de lucro é muito muito apertada. Tudo tem que ser encomendado à FAP. Tudo mesmo. Copos, palhas, etc etc. Não são permitidas aquelas coisas que até tinham piada e tornavam engraçadas a barracas como as seringas, ou os tubos de ensaio... Mas isso como é óbvio é o mal menor.
Como contraste eu costumo dizer. é só reparar a quantidade de cartazes que existem a anunciar o que se passa no queimódromo e aqueles que anunciam as actividades académicas...
isto é uma discussão que ultrapassa a queima e outras coisas... Isto é sobre os jovens em Portugal.
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