Um dos últimos filmes que vi (em cinema).
Um filme sobre filmes e cinema disfarçado de filme de guerra.
A história, à 1ª vista, é simples. Meses antes do desembarque aliado na França ocupada, um grupo de soldados judeus americanos dedica-se a semear o terror entre as tropas alemãs.
Ao mesmo tempo, uma rapariga judia, dona de um cinema, prepara-se para fazer ir pelos ares o seu cinema com toda a elite alemã lá dentro. A certa altura, as duas histórias sobrepõem-se sem nunca se encontrar.
Este filme é uma reprise de um outro dos anos 70. Na altura era moda fazer anti-filmes: com finais infelizes, com anti-heróis etc.
Quem viu Kill Bill, já percebeu que Tarantino (o realizador) gosta mesmo de dar este ar retro e de plagiar o (mau)cinema que se fazia nos anos 70. Pode parecer estranho mas estes plágios são muito bons.
Para reforçar a ideia que o filme não é um filme sobre a guerra mas um filme sobre filmes falta saber o motivo pelo qual os alemães vão ao cinema (que os "bons" querem mandar pelos ares): vão exibir, na Paris ocupada, um filme sobre os feitos heróicos de um soldado alemão, que interpreta no filme a sua própria personagem.
Confuso? pois...
O interessante é começarmos a perceber que nisto da guerra (a real, não a dos filmes) somos todos actores de um filme. E que todos os actores fazem o mesmo. Sem moral, sem pensar. Limitando-se a executar um guião.
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