segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mensagem do nosso Bispo



Numa altura em que já se começam a ver as luzes de Natal espalhadas pelas ruas, as pessoas a correr atrás dos primeiros presentes, achei oportuna esta mensagem do nosso Bispo, D. Manuel Clemente:

Bispo do Porto defende educação para uso do poder de escolha

O Bispo do Porto defendeu ontem que é urgente em Portugal uma grande obra educativa e cultural «que abranja a educação dos consumidores para o uso responsável do seu poder de escolha», sobretudo numa sociedade onde o sistema económico em si mesmo não possui critérios que permitam distinguir correctamente as formas novas e mais elevadas de satisfação das necessidades humanas, artificialmente criadas que se opõem à formação de uma personalidade madura.
Falando nas Jornadas Pedagógicas do Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos do Centro Regional de Braga da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, subordinadas ao tema “Escola Sucesso e Excelência”, D. Manuel Clemente disse acreditar residir nesta ideia, alargada a todo tipo de bens, «o critério mais seguro de sucesso e de excelência, para uma escola imbuída de humanismo, e humanismo cristão».

Segundo o prelado, «o nosso tempo exige uma intensa actividade educativa e um correspondente empenho por parte de todos, para que a investigação da verdade, não redutível ao conjunto ou a alguma das diversas opiniões, seja promovida em todos os âmbitos e prevaleça sobre qualquer tentativa de relativizar as exigências ou de causar qualquer tipo de ofensa».

Para D. Manuel Clemente, na procura, no compromisso e no acreditar na verdade, a contribuição do cristianismo resume-se bem na interpelação que Cristo nos lança, ou seja, de que vale ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder-se a si mesmo. «Interpelação que ultrapassa os limites da confessionalidade estrita para se repercutir no universo das consciências. Mas que deve estar presente, como fio condutor em toda a escola, rumo a um sucesso seja antes de mais os das próprias vidas, e uma excelência que se aproxime da totalidade, não do fragmento», acrescentou.

Para o Bispo do Porto, hoje, apesar do muito que ainda falta, as pessoas dispõem do que nunca dispuseram em meios como os que existem actualmente. Daí que o maior desafio da escola e da educação, salientou, «seja, precisamente, a coexistência do mercado e da dispersão». «As sondagens mostram que um dos maiores passatempos dos rapazes a partir dos 17 anos é ver montras, em que mais são olhados e atraídos como consumidores do que se olham a si mesmos como indagadores e criadores», realçou. Assim, na opinião do prelado, qualquer sucesso educativo deve ser traduzido numa maior capacidade de discernir e escolher bem, «sábia e responsavelmente, como quem tem de responder pela escolha perante si e perante os outros».

(in http://www.agencia.ecclesia.pt)

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